Panorama internacional

Grécia e Chipre se opõem a proibição de emissão de vistos a russos, diz mídia

Grécia e Chipre se opõem à proibição da emissão de vistos de turismo para russos, informou o site norte-americano Politico nesta sexta-feira (19), citando autoridades.
Sputnik

"Esta seria uma decisão na direção errada. Até os cidadãos turcos recebem vistos das autoridades cipriotas, então não achamos que essa medida tenha qualquer valor em relação aos russos", disse Kornelios Korneliou, secretário permanente do Ministério das Relações Exteriores cipriota.

Segundo o site, com base em informações de funcionários gregos, Atenas também não considera a possibilidade de alterar o status dos vistos russos.
Recentemente, cresceu no Ocidente um movimento para bloquear a entrada de russos na Europa. As primeiras declarações sobre a questão vieram das primeiras-ministras da Finlândia, Sanna Marin, e da Estônia, Kaja Kallas.
A Estônia confirmou e já anunciou a proibição da emissão de vistos para russos, bloqueando inclusive a entrada de documentos já emitidos. Paralelamente, a Letônia também passou a impedir a emissão de novos vistos.
Na última terça-feira (16), a Finlândia, por meio do Ministério das Relações Exteriores, informou que vai diminuir a emissão dos vistos a russos a partir de 1º de setembro, segundo a Reuters.
A mídia relatou que o governo finlandês deu como justificativa para a medida o fato de turistas russos estarem utilizando o aeroporto de Helsinque–Vantaa como porta de entrada para destinos de férias europeus, após o cancelamento das restrições de fronteira relacionadas à pandemia pela Rússia há um mês.
Turistas russos com passaporte verificado na passagem de fronteira de Nuijamaa, Finlândia, 28 de julho de 2022
Moscou classifica as decisões de uma demonstração chauvinista. Segundo declarou o departamento de informação e imprensa da chancelaria russa, a medida das autoridades europeias não ocorrerá sem consequências.
Os países bálticos foram criticados pela Organização das Nações Unidas (ONU) e por membros do Parlamento Europeu. A eurodeputada estoniana Yana Toom, por exemplo, chamou a decisão do governo de "absurda".
A medida também foi alvo de críticas do jornalista britânico William Nattrass, em seu artigo para a edição norte-americana The Wall Street Journal.

"É vergonhoso que a União Europeia esteja pensando em acusar de todos os pecados cidadãos comuns, enquanto o bloco segue permitindo o fornecimento de combustíveis à Europa pelos gigantes energéticos estatais russos", escreveu.

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