Segundo a denúncia feita pelo Ministério da Defesa, foram encontrados resquícios da toxina botulínica tipo B, também conhecida como Agente X, no organismo dos soldados envenenados.
Segundo o MD russo, o país está preparando os documentos que confirmam o terrorismo químico por parte da Ucrânia e os enviará à Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ).
A toxina botulínica é uma neurotoxina extremamente perigosa e proibida pela Convenção de Genebra.
O microbiólogo Igor Nikulin, ex-membro da Comissão sobre Armas Químicas e Biológicas da ONU, disse à Sputnik que essa substância afetas as mucosas e pode provocar morte por asfixia.
"A toxina botulínica afeta os pulmões, ataca basicamente as mucosas, olhos, nariz, pulmões e causa intoxicação grave, muitas vezes fatal. A dose letal é muito pequena, alguns miligramas. Interrompe a troca de oxigênio e a pessoa morre asfixiada devido à insuficiência de oxigênio", disse Nikulin à Sputnik.
O especialista destacou que os Estados Unidos tinham o Agente X em seus estoques de armas químicas e que, possivelmente, continuam a possuir bombas com esse poderoso veneno que causa botulismo.
Nikulin não descarta que o regime de Vladimir Zelensky, presidente ucraniano, tenha usado essas bombas ou pulverizado a toxina com a ajuda de drones.
Em dezembro de 2021, as autoridades de Donetsk revelaram que os Estados Unidos haviam entregue um carregamento de toxina botulínica para a Ucrânia em novembro do mesmo ano.
Um mês antes, os americanos teriam enviado os antídotos para o veneno.
Em junho, o Ministério da Defesa da Rússia relatou que, desde 2015, quando começou o financiamento em grande escala dos projetos ucranianos pelo Pentágono, foram registrados múltiplos surtos entre os militares e civis nas repúblicas de Donetsk e Lugansk.
O Pentágono chegou a admitir que financiou laboratórios químicos e biológicos na Ucrânia, ainda que alegasse que os fins seriam "pacíficos".