O Departamento de Estado fez um pronunciamento neste sábado sobre o que considera ser o "segundo aniversário do envenenamento de Aleksei Navalny".
"Há dois anos, oficiais do governo russo tentaram assassinar o líder da oposição Aleksei Navalny com um agente nervoso em solo russo. [...] Mais uma vez, condenamos o uso de uma arma química pela Rússia para envenenar um oponente político e pedimos ao Kremlin que declare e desmantele totalmente seu programa de armas químicas", disse Ned Price, porta-voz da chancelaria norte-americana.
Em nota, a embaixada russa afirmou que as declarações são "absolutamente infundadas". "O processo criminal contra ele não tem motivação política. Ele está cumprindo sua sentença com base em uma decisão judicial tomada de acordo com a lei russa", apontou.
A representação diplomática de Moscou ainda apontou que "as alegações de que a Rússia possui armas químicas são falsas" e cobrou maior comprometimento de Washington com essa mesma pauta.
Os Estados Unidos são o único país que ainda não se livrou de seu arsenal químico. Apelamos a Washington para que pare de fugir às suas obrigações legais internacionais, bem como para não interferir nos assuntos internos da Rússia", apontou a Embaixada da Rússia em Washington.
"Washington está bem ciente de que em 2017 nosso país eliminou completamente os estoques nacionais de agentes de guerra química. Este fato foi confirmado oficialmente pela OPAQ [Organização para a Proibição de Armas Químicas]", disse ainda.
As declarações acontecem no mesmo dia em que o Ministério da Defesa da Rússia revelou que Kiev utilizou armas químicas para envenenar soldados russos que atuam na operação especial na Ucrânia.