"Ao longo de oito anos, o regime de Kiev cometeu crimes flagrantes contra os cidadãos das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk. Milhares de pessoas inocentes, inclusive crianças, foram mortas. Ao mesmo tempo, iniciou-se o aproveitamento do território ucraniano pela Aliança Atlântica. Kiev tomou o rumo de integração na OTAN. Tudo isso criou ameaças inaceitáveis à segurança da Rússia", constatou Shoigu.
Conforme suas palavras, "ante essa situação, em fevereiro, o comandante supremo [das Forças Armadas russas] tomou a única decisão correta de realizar uma operação militar especial, com o principal objetivo de proteger os moradores de Donbass do genocídio por parte do regime de Kiev".
O ministro russo sublinhou que logo nos primeiros dias da operação, as Forças Armadas da Rússia "encararam uma tática desumana das formações ucranianas". "Os soldados do Exército ucraniano e dos batalhões nacionalistas se escondem nas áreas residenciais, usam a população civil como escudo vivo, utilizam tanto casas, como instalações da infraestrutura social e energética como fortificações e posições de fogo. Enfrentando uma derrota em terra e se retirando, eles deliberadamente destroem tudo ao redor para que nada reste para os civis. Durante a Grande Guerra pela Pátria, os nazistas alemães usaram a mesma tática", disse o ministro.
Kiev se declarou abertamente herdeira da obra dos nacionalistas ucranianos, afirma o militar russo: "Após a dissolução da União Soviética, Washington fez tudo para criar da Ucrânia um antípoda da Rússia. Foi encorajada a promoção de legislação que proibia a língua russa, a mídia russa, a cultura russa – tudo o que estivesse ligado ao nosso país".
Muitos ucranianos não aceitaram a política das autoridades de Kiev destinada a reabilitar o nazismo, de incitação ao ódio em relação a tudo o que é associado com a Rússia, continuou Sergei Shoigu.
"Isto incluiu os residentes de Donbass, que não quiseram acatar o regime governante e as suas aspirações nazistas. Uma operação punitiva brutal foi então lançada contra eles", acrescentou.
Além disso, o ministro russo comentou o ataque de mísseis realizado por militares ucranianos contra o centro de detenção em Elenovka, onde se encontravam combatentes do batalhão Azov detidos: segundo suas palavras, foi uma tentativa de esconder a verdade sobre os crimes cometidos pelos combatentes.