"Caro governo semáforo [alusão às cores da coalizão do Partido Social Democrata, do Partido Democrático Livre e dos Verdes], por que os apelos de seus próprios políticos de defesa, exigindo fornecer à Ucrânia muito mais armas pesadas alemãs, estão sendo ignorados? Por que Kiev está sendo rejeitada militarmente? [Estão] De dieta", tuitou Melnik.
Melnik ficou conhecido por polêmicas. Uma delas foi ter chamado Olaf Scholz, chanceler alemão, de "salsicha de fígado ofendida".
A expressão, que em alemão significa ser ofendido por nada, foi proferida pelo então embaixador em resposta à negativa de Scholz em relação a uma possível visita a Kiev em maio. Na época, Melnik se recusou a pedir desculpas.
Posteriormente, Scholz não se demonstrou insultado pelo adjetivo.
Nesta semana, o jornal alemão Welt am Sonntag informou, citando fontes do governo ucraniano, que desde junho os diplomatas ucranianos pediram repetidamente ao governo alemão para fornecer armas adicionais, mas até agora sem sucesso.
O Ministério da Defesa alemão teria justificado sua recusa em fornecer assistência militar pesada, em particular, pelo fato de que as forças armadas alemãs precisam de armas para cumprir as obrigações aliadas na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
No início do dia, o chanceler alemão Olaf Scholz disse que Berlim tem fornecido regularmente a Kiev armas "muito eficazes" e prometeu continuar as entregas, mas enfatizou que não deve haver escalada no conflito.
O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, demitiu Melnik em julho, logo após o diplomata fazer um escândalo glorificando o líder nacionalista ucraniano e colaborador nazista Stepan Bandera em uma entrevista à mídia alemã.
O embaixador destituído se recusou a condenar Bandera, afirmando que não há provas de crimes contra ele e que não mudaria sua posição naquele momento.
O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia então emitiu um comunicado dizendo que a opinião de Melnik expressa na entrevista é sua e não reflete a posição oficial do país.