O presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Olaf Scholz enfrentam uma crise de aprovação, de acordo com dados de pesquisas realizadas no mês de julho.
Os índices de popularidade de Scholz e sua coalizão governamental caíram para seus piores níveis, revelou uma pesquisa realizada pelo Opinion Research Institute (INSA, na sigla em inglês) para o jornal alemão Bild.
De acordo com a pesquisa, atualmente, apenas 25% dos cidadãos pesquisados avaliam positivamente a gestão do chanceler, enquanto 62% estão insatisfeitos. No início de março, 46% dos alemães ainda estavam satisfeitos com seu trabalho, segundo a mídia local.
Da mesma forma, as avaliações do Partido Social Democrata da Alemanha (SPD) também mostraram queda. Dos entrevistados, 65% disseram não estar satisfeitos com o trabalho do Governo Federal, contra 27% que avaliaram positivamente, em comparação com os 44% que se disseram felizes em no mês de março.
A pesquisa foi realizada com 1.427 pessoas entre 15 e 19 de agosto de 2022.
O premiê alemão esteve envolvido no escândalo "Cum-Ex", uma fraude fiscal de dividendos que veio à tona em 2017, quando o líder do SPD era prefeito de Hamburgo. Durante audiência do caso, na sexta-feira (19), Scholz negou ter intervindo em nome da instituição financeira, apesar de ter afirmado anteriormente que não se lembrava de detalhes das reuniões.
Já a aprovação de Emmanuel Macron caiu um ponto no mês passado, superado por sua primeira-ministra, Elisabeth Borne, de acordo com uma pesquisa do Ifop citada pelo Journal du Dimanche.
A pesquisa, realizada mensalmente, constatou que apenas 37% dos entrevistados estavam "totalmente satisfeitos" com o desempenho do presidente, um ponto abaixo dos 38% de julho, informou o jornal. Por outro lado, a insatisfação das pessoas também aumentou em um ponto, chegando em 63%.
Os dados mostram que 75% dos pesquisados não aprovam as políticas de segurança do governo Macron.
Participaram da amostra 986 pessoas com 18 anos ou mais e, segundo o jornal, "pela primeira vez desde o início da crise sanitária [de COVID-19], o chefe de Estado é minoria em todas as categorias da população".