"A China é o maior credor internacional e a China acumulou US$ 1 trilhão em dívida pública, os norte-americanos têm vivido de crédito graças à China", disse Borrell em seu discurso de abertura do debate sobre o futuro da Europa na cidade espanhola de Santander.
Embora a China esteja enfrentando uma crise doméstica, sua posição como o maior detentor mundial de dívida externa significa que nenhum país, mesmo os EUA, busca seu fim, observou o funcionário.
"A relação entre a China e os EUA é bastante particular, porque eles não estão interessados na perda um do outro. Se você me deve um trilhão de dólares, não quero que você vá à falência, caso contrário não terei acesso a esse dinheiro, então não tenho nenhum interesse que a China tenha uma crise e vice-versa", disse Borrell, ressaltando que Pequim e Washington "precisam um do outro".
O funcionário da UE também elogiou a transição "excepcional" da China do que chamou de pobreza extrema para se tornar líder na produção tecnológica em apenas 50 anos.