Os EUA podem em breve declarar incumprimento por sua dívida externa, disse Nikolai Patrushev, secretário do Conselho de Segurança da Rússia, durante uma videoconferência entre altos representantes da Rússia e Estados membros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês).
Segundo ele, o crescimento descontrolado do endividamento levou a uma dívida nacional superior a US$ 30 trilhões (R$ 155,18 trilhões).
"Como resultado, Washington faltará às obrigações, como eles já fizeram para com a Rússia. Os ativos financeiros denominados em dólares e euros de qualquer Estado seriam simplesmente roubados", disse ele.
Ele apontou como principal razão para o aumento dos preços de alimentos e energia o aumento de impressão do dinheiro que operava nos EUA e na Europa. No caso, os EUA imprimiram US$ 5,9 trilhões (R$ 30,52 trilhões, na conversão atual), e a Europa € 2,9 trilhões (R$ 14,93 trilhões, na conversão atual).
A agência norte-americana Bloomberg declarou um "calote" pela Rússia no final de junho, apesar de o Ministério das Finanças russo ter efetuado pagamentos em maio.
Devido às ações dos EUA, o dinheiro não chegou aos detentores de obrigações. O prazo de um mês para estes pagamentos expirou na noite de 27 de junho, o evento com qual a Bloomberg explicou o "calote". Ao mesmo tempo, a agência assinalou que ele era "em grande parte simbólico por agora, e pouco significativo para os russos".