Panorama internacional

Empresas norte-americanas enriquecem com fornecimento de gás para Europa

Os comerciantes de commodities fazem lucros gigantescos com a venda de gás dos EUA para a Europa, escreve o jornal suíço Blick.
Sputnik
"Os comerciantes e as empresas energéticas obtêm até 200 milhões de dólares de lucro com o envio de gás natural norte-americano para a Europa", diz a publicação, citando dados do Business Insider.
Ao longo de um ano, a cota-parte da Europa nas exportações de gás liquefeito dos EUA aumentou de 20 % para 60 %.
"Os EUA se posicionam como salvadores", ironiza o autor do artigo.
Nesse contexto, a edição expressou dúvidas quanto ao fato de os EUA estarem vendendo o gás à Europa devido ao seu altruísmo, salientando que "a diferença entre os preços [do gás] nos dois continentes é enorme".
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Na semana passada, a empresa russa Gazprom, a maior produtora de gás do mundo, previu que os preços do gás na Europa possam alcançar nos últimos meses deste ano US$ 4.000 (R$ 21.000) por mil metros cúbicos. Agora, o preço do combustível no mercado à vista é de cerca de US$ 2.500 (R$ 13.000).
As exportações de gás russo diminuíram depois do início da operação militar na Ucrânia: o fornecimento aos países europeus através do gasoduto Nord Stream (Corrente do Norte) e do sistema de gasodutos ucraniano foi limitado de forma significativa. Além disso, as entregas pelo gasoduto Yamal-Europa (que passa por Belarus e Polônia) foram cortadas por completo.
Após o início da operação militar especial russa para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia, o Ocidente intensificou a pressão sancionatória contra Moscou. Muitos países anunciaram o congelamento dos ativos russos, começaram a soar apelos para abandonar os recursos energéticos russos. Tais medidas resultaram em problemas para a própria Europa e os EUA, tendo provocado o aumento dos preços dos alimentos e combustíveis.
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