O Ministério Público da Argentina condenou nesta segunda-feira (22) a vice-presidente do país, Cristina Kirchner, a 12 anos de prisão por um suposto caso de corrupção envolvendo superfaturamento de obras públicas na província de Santa Cruz.
Segundo noticiado pelo jornal argentino La Nación, a sentença foi anunciada pelo promotor Diego Luciani, que também solicitou a suspensão dos direitos de Kirchner de ocupar cargos públicos. O caso agrava a crise política e econômica que afeta o país, onde a inflação já acumulou um alta de 71% em 12 meses.
Cristina Kirchner é acusada de liderar um esquema ilícito de fraude para favorecer o empresário Lázaro Baez, que tinha uma relação próxima com os Kirchner. Baez é dono da Austral Construções, empreiteira fundada após a eleição de Néstor Kirchner e que mais venceu licitações para obras durante as gestões do ex-presidente. Segundo da denúncia, os crimes de superfaturamento de obras teriam ocorrido entre 2007 e 2015.
A partir de agora, Kirchner tem 10 dias úteis para apresentar sua defesa. O processo ainda pode levar vários meses, mas a expectativa é que o veredicto saia antes do final do ano.