Operação militar especial russa

UE estabelecerá missão para treinar militares ucranianos em país vizinho, diz Borrell

A missão europeia para treinar militares ucranianos ficará situada em um dos países vizinhos da Ucrânia membro da União Europeia, afirmou Josep Borrell, alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança.
Sputnik

"Não será situada na Ucrânia, mas no território de um país vizinho", disse o diplomata durante a coletiva de imprensa no âmbito de uma conferência internacional sobre as mudanças geopolíticas na Europa, realizada na cidade espanhola de Santander.

Borrell lembrou que certos países da União Europeia já estão efetuando o treinamento de militares ucranianos, em particular, para utilizar o equipamento militar fornecido às Forças Armadas da Ucrânia.

"Os soldados ucranianos já recebem treinamento na Polônia, República Checa, Reino Unido e França. Fornecemos um equipamento bastante complexo, é preciso efetuar certo treinamento antes de utilizá-lo", esclareceu Borrell.

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Ainda em 21 de fevereiro do ano corrente, o chefe da diplomacia ucraniana, Dmitry Kuleba, afirmou que a União Europeia implantaria na Ucrânia uma missão militar consultiva, devendo as condições e as datas da implantação ser acordadas mais tarde.
A decisão de estabelecer a missão foi tomada em janeiro, em uma reunião dos ministros da Defesa da União Europeia.
Anteriormente, a Rússia enviou aos países da OTAN uma nota de protesto contra o fornecimento de armas à Ucrânia. O chanceler russo Sergei Lavrov enfatizou que qualquer carga contendo armas para a Ucrânia se tornaria um alvo legítimo para as tropas russas. Nesse contexto, o Ministério das Relações Exteriores russo avisou que os países da OTAN estão "brincando com o fogo" ao fornecer armas à Ucrânia. O porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, sublinhou que, inundando a Ucrânia com armas, o Ocidente apenas prolonga o conflito.
O ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson propôs estabelecer uma operação de treinamento de grande escala dos militares ucranianos, que pudesse preparar até 10.000 soldados a cada quatro meses.
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