Uma dessas vozes é a do congressista republicano Greg Steube, da Flórida, que se manifestou contra o último pacote econômico, de US$ 40 bilhões (R$ 204 bilhões), para a Ucrânia, embora tenha apoiado o primeiro pacote, de US$ 10 bilhões (R$ 51 bilhões).
Steube alertou que, apesar das exigências de se revelar para onde vão o dinheiro e as armas enviadas à Ucrânia, o governo de Joe Biden se recusou a fornecer uma explicação sobre o paradeiro dos mais de US$ 54 bilhões (R$ 275,4 bilhões) comprometidos com o conflito.
"Votei contra o último valor de financiamento, não há garantias de como esse dinheiro será gasto. O Congresso não obteve nenhuma informação. Estou na Comissão de Relações Exteriores, e não tivemos um relatório de que as armas cheguem às mãos dos ucranianos. Elas foram usadas? Qual é o seu status? O dinheiro foi para os oligarcas na Ucrânia? Não sabemos", criticou o congressista em entrevista à Fox News.
Este governo está ignorando completamente os pedidos de informação dos republicanos. Juntei-me à Fox & Friends [programa da emissora] para discutir a supervisão da ajuda dos EUA à Ucrânia.
O republicano advertiu que, como no Afeganistão, toda a gestão é feita por meio do Departamento de Estado dos EUA e parcialmente com o Pentágono quando se trata de equipamento militar. No entanto ambos os departamentos ignoraram os pedidos de informação.
"O governo não respondeu. Não há garantias do financiamento final. São US$ 40 bilhões (R$ 204 bilhões), mais do que os custos da Patrulha de Fronteira e da Guarda Costeira juntos. Devemos pensar primeiro nos Estados Unidos", criticou Greg Steube.
Embora tenham sido entregues fundos para treinamento, manutenção e solvência, o Pentágono detalha sobretudo ajudas em espécie em termos de equipamentos, munições, veículos, sistemas de comunicação, foguetes, serviços de satélite e radares, entre outros.
Nesta terça-feira (23), a mídia informou que mais um pacote, de US$ 3 bilhões (R$ 15,2 bilhões), deve ser anunciado amanhã (24), dia da independência ucraniana.