Os argentinos retiraram pouco mais de US$ 1 bilhão (US$ 5,1 bilhões) em depósitos em dólares do sistema bancário do país nas últimas sete semanas enquanto o governo luta para convencê-los de que sua moeda se estabilizará, segundo a Bloomberg.
O país se encontra em profunda crise econômica e política. Hoje (23) a vice-presidente, Cristina Kirchner, saiu de sua casa cercada por multidão rumo ao Congresso após ser acusada de participar de esquema de corrupção e ser pedido 12 anos de prisão para a vice-presidente, conforme noticiado.
De acordo com a mídia, a população argentina começou a sacar seus dólares de contas bancárias em ritmo acelerado quando o ex-ministro da Economia, Martin Guzmán, renunciou no dia 2 de julho, mergulhando o governo ainda mais na crise.
Os depósitos totais caíram para US$ 14,55 bilhões (R$ 74,4 bilhões) em 16 de agosto, mostram dados do Banco Central citados pela mídia. Menos da metade do nível máximo de cerca de US$ 32 bilhões (R$ 163,6 bilhões) visto em 2019 antes de uma votação primária mostrar que o presidente, Alberto Fernández, viria a ganhar a eleição.
Os depósitos oferecem um termômetro das expectativas econômicas dos argentinos. No final de 2001, durante uma das piores crises do país, o governo proibiu grandes saques em caixas eletrônicos.