Segundo suas palavras, os primeiros-ministros dos países, Mateusz Morawiecki e Viktor Orbán, têm posturas completamente opostas a respeito da avaliação do conflito. Conforme contou ao veículo o especialista do Fundo Alemão Marshall, Daniel Hegedus, "os poloneses já não confiam nos parceiros húngaros".
"A aliança não liberal da Europa Central entre a Hungria e a Polônia está agora em seu crepúsculo devido às diferenças sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia. Embora Varsóvia tenha se tornado uma das defensoras mais vocais de Kiev, pedindo sanções mais duras a Moscou e maior ajuda militar, Budapeste se esquivou de qualquer apoio significativo, concentrando-se em manter boas relações com o presidente russo, Vladimir Putin", notou Coakley.
A autora do artigo acredita que a deterioração das relações entre Budapeste e Varsóvia pode prejudicar países que desprezam as regras da UE.
"Essa divisão levou o primeiro-ministro polonês Mateusz Morawiecki a dizer que os caminhos dos dois governos conservadores nacionais – longos companheiros de viagem em sua oposição aos imigrantes, Bruxelas, e ao Estado de direito – têm 'divergido'", constata o artigo.
Entre os aliados potenciais de Orbán, a autora nomeia o presidente sérvio, Aleksandar Vucic, e o partido Irmãos de Itália, que pode vencer as eleições italianas em setembro.