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Senador russo rebate deputado ucraniano e diz que Rússia não permitirá que Kiev confisque seu gás

A Rússia não permitirá que a Ucrânia confisque seu gás e defenderá não apenas sua soberania e os interesses de seus cidadãos, mas também sua riqueza nacional, disse Viktor Bondarev, presidente do Comitê de Defesa e Segurança do Conselho da Federação da Rússia.
Sputnik
Segundo ele, uma proposta ucraniana — que classificou de "inadequada e criminosa" — do deputado Dmitry Razumkov, ex-presidente do Parlamento do país, alega que Kiev teria o direito de confiscar o gás russo em trânsito pela Ucrânia.

"É difícil imaginar um disparate maior", afirmou Bondarev.

Ele aponta que a Ucrânia deseja se tornar um fornecedor de gás para a Europa para lucrar e cobrir pelo menos parcialmente seu déficit orçamentário. O senador afirma ainda que Kiev pretende ser reconhecida como "salvadora da Europa", em meio à crise energética da União Europeia devido às sanções contra a Rússia.
Apesar disso, ele lembra que o cenário é o oposto. Segundo Bondarev, a Ucrânia é "completamente dependente do Ocidente e está sob seu controle".

"A Ucrânia não tem gás próprio suficiente. Assim, o deputado sugere roubar abertamente os fornecedores russos", disse.

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De acordo com o senador, a Rússia "não permitirá que tal arbitrariedade e ilegalidade seja realizada" sob nenhuma hipótese.
Desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, os EUA e seus aliados iniciaram a aplicação de sanções contra Moscou. Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de gás, petróleo, carvão, aço e ferro.
A escalada de sanções impostas pelo Ocidente transformou a Rússia, de forma disparada, na nação mais sancionada do mundo, segundo a plataforma Castellum.ai, serviço de rastreamento de restrições econômicas no mundo.
No total, estão em vigor 11.812 medidas restritivas contra a Rússia, segundo os cálculos do site. A quantidade é mais do que o triplo das 3.665 sanções impostas pelo Ocidente ao Irã. Na sequência, aparecem a Síria (2.637), a Coreia do Norte (2.097), Belarus (1.133), a Venezuela (651) e Mianmar (567).
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