Em julho, o governo canadense concedeu isenção à Siemens para reparar as turbinas do Nord Stream que foram enviadas pela Gazprom às instalações da empresa em Montreal antes da escalada de sanções do Ocidente contra a Rússia.
Os itens enviados para manutenção no Canadá ficaram bloqueados devido às restrições impostas por Ottawa contra Moscou.
Segundo a companhia russa de energia Gazprom, uma turbina já entregue à Alemanha, no final de julho, estava com problemas técnicos. A empresa também pediu mais documentações que comprovem que o equipamento não estaria sujeito a sanções ocidentais.
"Essa foi a decisão que tomamos", disse Joly à CBC nesta quarta-feira (24). "Isso é exatamente o que a Alemanha nos pediu."
Desde o final de julho, o Nord Stream, principal rota de abastecimento de gás da Rússia para a Europa, opera com apenas 20% de sua capacidade de produção de quase 170 milhões de metros cúbicos por dia.
O lado russo já informou que a limitação das entregas se deve às sanções aplicadas, o que prejudicou a manutenção das unidades de bombeamento de gás. Atualmente, o gasoduto está operando com apenas uma turbina.
A embaixada russa em Berlim afirma que a devolução das turbinas pelo Canadá não cumpre termos contratuais, já que a Rússia precisa da confirmação de que a primeira e as demais turbinas não estarão sujeitas a sanções, tanto do Canadá, como do Reino Unido e da União Europeia.