Panorama internacional

Lituânia: após adesão da Finlândia e Suécia à OTAN, Kaliningrado será zona russa mais vulnerável

O ministro da Defesa lituano, Arvydas Anusauskas, afirmou que a região de Kaliningrado da Rússia se tornará vulnerável quando a Suécia e a Finlândia aderirem à OTAN.
Sputnik

"Se no fim do ano a Finlândia e a Suécia se tornarem membros da OTAN, não é o corredor de Suwalki [corredor terrestre próximo da fronteira de Belarus e da região de Kaliningrado] que será o local mais perigoso para os países da OTAN. Toda a região de Kaliningrado se tornará a parte mais vulnerável da Rússia. Isto é, a situação mudará de forma drástica. Penso que é uma mensagem importante para a Rússia", cita as palavras de Anusauskas a edição Ukrinform.

As autoridades polonesas têm várias vezes declarado que consideram o corredor de Suwalki o ponto mais vulnerável do ponto de vista militar. Trata-se de uma parte do território do nordeste da Polônia, na cidade de Suwalki, que está situada entre Belarus e a região de Kaliningrado da Rússia, com um comprimento de cerca de 100 quilômetros.
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Em meio à operação militar especial da Rússia na Ucrânia, a Finlândia e a Suécia apresentaram em 18 de maio ao secretário-geral da OTAN as suas candidaturas para aderir à aliança. Agora os pedidos estão sendo ratificados pelos países membros da OTAN. Até hoje (24), as candidaturas já foram ratificadas por 23 países dos 30. A Espanha, Grécia, Portugal, Eslováquia, Turquia, República Tcheca e Hungria ainda têm de ratificá-las.
As autoridades russas têm repetidamente sublinhado que a OTAN visa o confronto. O porta-voz do presidente russo Dmitry Peskov afirmou que a futura expansão da aliança não traria mais segurança à Europa, enquanto a OTAN tem um caráter agressivo. Ao mesmo tempo, Peskov disse que a Rússia não considera a possível entrada da Finlândia e da Suécia na OTAN uma ameaça existencial. A chancelaria russa salientou que segue aberta para o diálogo com a OTAN, mas sob os princípios da igualdade. Além disso, o Ocidente deve abdicar do rumo para militarizar o continente.
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