Nesta quarta-feira (24) , em entrevista ao Sky News, o líder da organização militar disse que os Estados-membros devem contribuir com mais do que a linha de base de 2% de seu PIB, e exaltou o Reino Unido por já estar fazendo isso.
"A boa notícia é que mais aliados realmente gastam 2% ou mais em defesa, e aqueles que ainda não estão em 2% têm, a maioria deles, planos claros para chegar lá. Dois por cento é o mínimo. Então, é claro, saudamos o Reino Unido e outros, que visam um nível de gastos superior a 2%", afirmou Stoltenberg.
O secretário-geral enfatizou que a aliança militar e seus aliados "não fazem parte do conflito" entre Rússia e Ucrânia, mas a organização aumentou sua presença militar, especialmente no flanco leste, para enviar uma "mensagem muito clara" a Moscou de que se algum aliado da OTAN for atacado, toda a aliança vai responder.
"Precisamos gastar mais na defesa. Eu mesmo sou político há muitos anos. E sei que, claro, é sempre mais tentador gastar em Saúde, Educação, Infraestrutura, em vez de gastos com defesa. Mas quando vivemos em um mundo mais perigoso, quando vemos as ações agressivas do presidente [Vladimir] Putin contra uma nação soberana e pacífica na Europa, a Ucrânia, e toda a retórica ameaçadora contra os aliados da OTAN, precisamos investir mais", declarou.
Ao mesmo tempo, Stoltenberg acredita que a Aliança Atlântica precisa investir em capacidades novas e mais modernas para "garantir que também possamos proteger todos os aliados no futuro".
"Ter a Finlândia e a Suécia na OTAN fortalecerá a aliança. Eles têm Forças Armadas avançadas e muito capazes. E o fato de que também teremos esses dois países – importantes para o mar Báltico, para os Países Bálticos – como membros fortalecerá a OTAN", complementou.