"Vemos uma parte da sociedade, a russa, que é desleal ao nosso Estado. A nossa responsabilidade é lidar com eles, ou seja, isolá-los. Simplesmente devem ser isolados", disse Levits em um programa do Rádio Letão.
Além disso, o líder da Letônia salientou que a maioria esmagadora dos letões, passados seis meses após o início da operação russa na Ucrânia, se tornou "mais nacionalista e patriótica", relacionando isso com os efeitos positivos da situação na Ucrânia.
A população da Letônia é de dois milhões de pessoas, sendo que mais de 220 mil são considerados "não-cidadãos". Isto não obstante serem moradores permanentes do país, cujos antepassados chegaram à república depois de 1940, quando a Letônia passou a pertencer à União Soviética.
Os "não-cidadãos" estão limitados nos seus direitos – não podem ocupar certos cargos públicos, bem como participar de eleições e referendos. Para receber a cidadania letã, devem se naturalizar, ou seja, fazer um exame da língua e história letãs. O ministro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov anteriormente afirmou que deve ser posto fim ao fenómeno vergonhoso dos "não-cidadãos", que ainda existe em alguns países europeus.