"Não tento me agarrar ao poder. Se a minha saída é a única questão e isso pode pôr fim ao derramamento de sangue, só posso ser a favor. Eu renunciaria agora mesmo. Entrei na política não com esse fim, e renunciarei quando vocês disserem, se isso fizer terminar a guerra", cita o jornal as palavras de Zelensky.
O artigo também salienta que Zelensky recebeu de figuras oficiais dos EUA e da Europa apelos para manter a continuidade do poder. Em certos casos, foi proposto que ele deixasse a capital. Os representantes estrangeiros supunham que, ao garantir a sua segurança, Zelensky conseguiria impedir o vácuo de poder.
Além disso, segundo a edição, Zelensky suspeitava que alguns dos seus interlocutores estrangeiros apenas queriam que o conflito terminasse o mais rápido possível, com a administração do país de fato se rendendo à Rússia.
"De todos os que me telefonaram não houve ninguém que confiasse que aguentaríamos", disse o presidente ucraniano aos jornalistas.
Desde 24 de fevereiro, a Rússia tem realizado uma operação especial na Ucrânia. Segundo o presidente russo Vladimir Putin, o objetivo final da operação é libertar Donbass e criar condições que garantam a segurança da própria Rússia. As forças aliadas já libertaram por completo a República Popular de Lugansk e uma parte significativa de Donetsk, incluindo Volnovakha, Mariupol e Svyatogorsk.