"Se a Ucrânia quer se manter como uma nação viável, precisa da paz antes que a Rússia tome Odessa e conquiste o acesso ao mar Negro", afirmou Black.
"A Ucrânia é incapaz de manter Donbass e de reconquistar a parte da costa do mar Negro já perdida. Acho que isso é irreal", acrescentou.
Ao avaliar os possíveis prazos do fim dos combates militares, Black expressou a esperança de que no inverno do Hemisfério Norte que vem os países que apoiam a Ucrânia, especialmente os europeus, comecem a se perguntar sobre a viabilidade das medidas de apoio à Ucrânia e de sanções contra a Rússia.
"A Rússia queria nos vender o petróleo, o gás e afins, mas decidimos jogar contra a Federação da Rússia, tendo complicado o processo e ficado isolados das importações. Para os EUA, não é um problema tão grande, mas é um problema enorme para a Europa, que depende do gás russo", opina Black.
A Rússia começou uma operação militar na Ucrânia em 24 de fevereiro. O presidente russo Vladimir Putin declarou como o seu objetivo "defender as pessoas que ao longo de oito anos têm sofrido intimidações e genocídio por parte do regime de Kiev". Para isso, conforme o presidente russo, planeja-se efetuar a desmilitarização e desnazificação da Ucrânia, bem como levar à Justiça todos os criminosos de guerra responsáveis pelos crimes sangrentos contra os civis de Donbass.
Segundo o Ministério da Defesa russo, as Forças Armadas da Rússia apenas atacam a infraestrutura militar e as tropas ucranianas.