"Estamos a caminho da guerra. Mas ninguém quer pronunciar isso em voz alta", sublinhou Mariani.
Anteriormente, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, anunciou a criação da missão de treinamento da União Europeia para as Forças Armadas ucranianas, que seria situada em um dos países vizinhos da Ucrânia.
Mariani lembrou que de forma semelhante os EUA acabaram sendo envolvidos na Guerra do Vietnã no século XX. Conforme o deputado, em maio de 1959, o Comando do Indo-Pacífico dos Estados Unidos começou a enviar para o Vietnã assessores militares, o que no fim das contas resultou no envio oficial de tropas no país asiático.
Ainda em 21 de fevereiro do ano corrente, o chefe da diplomacia ucraniana, Dmitry Kuleba, afirmou que a União Europeia implantaria na Ucrânia uma missão militar consultiva, devendo as condições e as datas da implantação ser acordadas posteriormente.
A decisão de estabelecer a missão foi tomada em janeiro, em uma reunião dos ministros da Defesa da União Europeia.
Anteriormente, a Rússia enviou aos países da OTAN uma nota de protesto contra o fornecimento de armas à Ucrânia. O chanceler russo Sergei Lavrov enfatizou que qualquer carga contendo armas para a Ucrânia se tornaria um alvo legítimo para as tropas russas. Nesse contexto, o Ministério das Relações Exteriores russo avisou que os países da OTAN estão "brincando com fogo" ao fornecer armas à Ucrânia. O porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, sublinhou que, inundando a Ucrânia com armas, o Ocidente apenas prolonga o conflito.
O primeiro-ministro britânico Boris Johnson propôs estabelecer uma operação de treinamento de grande escala dos militares ucranianos, que pudesse preparar até 10.000 soldados a cada quatro meses.