Um grupo liderado pelo porta-aviões chinês Shandong tem treinado no mar do Sul da China, comunicou na quarta-feira (24) a Marinha chinesa, citada na quinta-feira (25) pelo portal South China Morning Post.
Segundo informações citadas da rede social WeChat, o objetivo do treinamento é testar a capacidade de combate dos militares em condições que simulam uma batalha real. A Frota do Mar do Sul da China disse que ele começou no início do outono, o que, segundo o calendário lunar chinês, indica uma data a partir de 7 de agosto.
"A aviação naval disparou dezenas de mísseis e testou prontamente as capacidades de armas e equipamentos, bem como o padrão de treinamento das tropas. A capacidade de combate principal das tropas aumentou", disse na terça-feira (23) a Frota do Mar do Sul da China.
Segundo informações publicadas no WeChat, o treinamento incluiu drones e aviões de guerra, incluindo caças-bombardeiros JH-7A e caças J-11B.
Como parte dos exercícios, a Frota do Mar do Sul da China teria conduzido treinamento de reabastecimento, com caças J-15 decolando e aterrissando no Shandong. O porta-aviões era acompanhado do Guilin, um destróier de mísseis guiados Type 052D. De acordo com o Exército de Libertação Popular (ELP) da China, essa variante foi equipada com radar antifurtividade avançado e tinha um convés de helicópteros mais longo.
Outros navios de guerra presentes eram o navio de abastecimento Type 901 Chaganhu, um destróier furtivo de mísseis guiados Type 055, classificado como cruzador pela OTAN, e uma fragata aparentemente do Type 054A.
Grupo liderado pelo porta-aviões Shandong em exercícios no mar do Sul da China
© Foto / Conta WeChat da Frota do Mar do Sul da China do Exército de Libertação Popular (ELP) chinês
O Shandong é o segundo porta-aviões da China e o primeiro construído domesticamente, tendo entrado em serviço em 2019.
Pequim intensificou os exercícios e atividades militares após a visita de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, a Taiwan, no início de agosto. O país asiático também reduziu as relações políticas e comerciais com os EUA e a ilha autogovernada, incluindo com sanções, rejeitando o que diz ser a violação do princípio de Uma Só China por parte dos EUA, outros países e a própria Taipé, acordado nos anos 1970.
Pequim nunca reconheceu a independência de Taiwan, desde que a ilha se separou do continente em 1949, e não exclui o uso da força para reunificar os dois territórios.