Os Estados Unidos estão mantendo a pressão sobre as ameaças terroristas emanadas do Afeganistão um ano após a saída dos militares dos EUA do país, que incluíram um ataque do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em muitos outros países) no aeroporto de Cabul, matando 13 militares dos EUA e pelo menos 170 afegãos, disse o presidente Joe Biden nesta sexta-feira (26).
"Há um ano, 13 orgulhosos e patrióticos militares americanos, bem como mais de 100 civis afegãos inocentes, foram mortos em um hediondo ataque terrorista em Abbey Gate, fora do aeroporto de Cabul", disse Biden em comunicado. "Agora mantemos a pressão contra ameaças terroristas sem manter milhares de soldados em perigo no terreno no Afeganistão. E meu governo continuará a caçar terroristas que procuram prejudicar os Estados Unidos, onde quer que estejam", afirmou o presidente.
A filial do Daesh na província de Khorasan reivindicou a responsabilidade pelo ataque ao aeroporto de Cabul, levando os EUA a redobrar os esforços contra o grupo terrorista e outros semelhantes, disse Biden. Biden apontou o assassinato do chefe do Daesh pelos EUA em fevereiro, bem como a eliminação do líder da Al-Qaeda (organização terrorista proibida na Rússia e em muitos outros países) em Cabul no mês passado como exemplos de esforços antiterroristas dos EUA.
Um soldado norte-americano ferido fatalmente é carregado por camaradas durante os combates no Afeganistão, em agosto de 2011
© Foto / JOHANNES EISELE
Os EUA nunca serão capazes de retribuir o sacrifício dos 2.461 soldados que morreram durante a guerra de mais de 20 anos no Afeganistão, disse Biden. Mais de 20.000 outros militares dos EUA ficaram feridos enquanto serviam no país, lembrando ainda mais os EUA que não há "nada de baixo custo" na guerra, de acordo com o mandatário.
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, pediu aos norte-americanos em um comunicado nesta sexta-feira (26) que façam uma pausa em memória do serviço das tropas que tombaram no Afeganistão. Os militares perdidos no ataque ao aeroporto há um ano deram suas próprias vidas para ajudar a salvar os afegãos que buscavam "liberdade e oportunidade", acrescentou Austin.