Nesta quinta-feira (25), Zuckerberg disse ao podcast de Joe Rogan que o FBI entrou em contato com o Facebook dizendo para eles "ficarem em alerta máximo" quanto a uma "propaganda russa" antes que a história do laptop de Hunter Biden fosse publicada.
Os dados do computador registram escapadas de Hunter com prostitutas, drogas, uma estreita cooperação com empresas chinesas e e-mails que revelam o vínculo de Hunter com fornecedores da Defesa americana, bem como seu envolvimento em pesquisas de disseminação de doenças com um laboratório em Kiev, na Ucrânia.
O CEO da Meta acrescentou que a "distribuição da história no Facebook foi diminuída", observando que "menos pessoas viram do que teriam visto de outra forma".
Quando questionado por Rogan sobre quantas pessoas não viram a história como resultado da política, Zuckerberg disse que não tinha certeza.
URGENTE: Mark Zuckerberg diz a Joe Rogan que o Facebook censurou algoritmicamente a história do laptop de Hunter Biden por sete dias com base em um pedido genérico do FBI para restringir desinformação eleitoral.
Muitos jornalistas e políticos dos EUA foram ao Twitter para repercutir o caso, chamando-o de "exemplo condenável" de como governos e grandes corporações estão conspirando para silenciar notícias, com a colaboradora da Fox News Mollie Hemingway dizendo que "o FBI manipulou a eleição de 2020".
"O FBI conspirou com a Big Tech para silenciar as notícias semanas antes das eleições de 2020, na tentativa de controlar o seu acesso à informação. Os democratas no Congresso têm ignorado intencionalmente os fatos. Quando os republicanos voltarem ao poder, responsabilizaremos todos eles", disse o líder da Minoria na Câmara dos EUA, Kevin McCarthy, em um tuíte.
O senador dos EUA Josh Hawley também foi ao Twitter dizer que "o FBI preveniu o Facebook das reportagens sobre o laptop de Hunter Biden. Essa mesma agência efetivamente lavou a desinformação russa na eleição de 2016 na forma do dossiê Steele. E mais tarde mentiu para um tribunal para obter escutas telefônicas":
O colaborador da Fox News Byron York, por sua vez, disse que "o FBI estava atento a qualquer coisa que pudesse prejudicar a campanha de Biden. Alertou o Facebook. O Facebook agiu em alerta e suprimiu uma história precisa sobre Hunter Biden".
"Interessante que o Facebook não suprimiu nenhuma das histórias falsas negativas sobre Trump como resultado desse aviso do FBI", disse o conselheiro e estrategista republicano Matt Wolking no Twitter.
Hunter Biden supostamente abandonou seu laptop em uma loja de manutenção em 2019, enquanto seu pai, Joe Biden, estava concorrendo para se tornar presidente dos EUA. O conteúdo do laptop foi posteriormente tornado público.
E-mails obtidos pela mídia ocidental a partir do laptop provaram as alegações da Rússia de que o filho do presidente dos EUA ajudou a financiar pesquisas de armas biológicas na Ucrânia.
Os Biden enfrentaram escrutínio e críticas de republicanos e outros por sua possível má conduta nos negócios estrangeiros de Hunter Biden, que vieram à tona após a divulgação dos e-mails.