Panorama internacional

Foreign Affairs: Papa Francisco apoia opinião russa sobre culpa da OTAN pelo conflito ucraniano

O Papa Francisco apoia a opinião de a OTAN ser responsável pelo início da operação especial russa, escreveram em um artigo para Foreign Affairs a assessora do ex-presidente norte-americano Donald Trump sobre questões da Rússia, Fiona Hill, e a professora da Universidade de Georgetown, Angela Stent.
Sputnik
Segundo as colunistas, de acordo com o posicionamento de Moscou, os Estados Unidos e outros países ocidentais estão conduzindo na Ucrânia uma guerra por procuração, enquanto o líder religioso concorda com o ponto de vista russo.

"A nível internacional, as convicções […] sobre a OTAN e a guerra por procuração contra os EUA e o Ocidente coletivo ganharam muitos apoiantes, desde cientistas conhecidos até o Papa Francisco, que afirmou que o conflito na Ucrânia poderia ter sido provocado de alguma maneira", diz a publicação.

As colunistas salientaram que os políticos e analistas ocidentais seguem discutindo a culpa da Aliança Atlântica na escalada do conflito na ex-república soviética.

"Se a Ucrânia quisesse aderir à UE ou à OTAN ou desenvolver as relações bilaterais com os Estados Unidos, qualquer destes esforços seria uma humilhação da história e dignidade da Rússia", escreve Foreign Affairs.

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Em maio, o Papa Francisco disse em uma entrevista à edição italiana Corriere dela Sera que as ações da OTAN perto da fronteira com a Rússia poderiam ter ocasionado o início da operação especial russa. O pontífice admitiu ser incapaz de responder à pergunta se é correto fornecer armas à Ucrânia. Ao mesmo tempo, Francisco se manifestou contra a corrida armamentista.
Desde 24 de fevereiro, a Rússia tem conduzido uma operação militar especial na Ucrânia. Segundo o presidente russo Vladimir Putin, o objetivo da operação é libertar Donbass, que ao longo dos oito anos, a partir de 2014, "tem sofrido intimidações e genocídio por parte do regime de Kiev". Além disso, planeja-se efetuar a desnazificação e desmilitarização da Ucrânia, criando condições que garantam a segurança da própria Rússia.
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