De acordo com o funcionário, a Ucrânia mantém o controle das armas usando "recibos de mão".
"É tudo papel", reconheceu O'Donnell acrescentando que duvida que as autoridades de Kiev "tenham muita fidelidade" sobre onde as armas vão parar. O funcionário observou ainda que uma "falta de manutenção efetiva de registros" atrapalhou as investigações do Pentágono no Iraque e no Afeganistão.
Enquanto isso, funcionários da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) parecem estar "confiantes de que a segurança foi suficiente para a transferência de armas", disse O'Donnell.
O escritório de O'Donnell também pretende analisar os gastos de fundos relacionados à Ucrânia, juntamente com acordos de compartilhamento de inteligência entre Washington e aliados da OTAN, a eficácia do treinamento das forças ucranianas e possíveis vendas de armas no mercado negro.
O número total de contratos militares relacionados à Ucrânia assinados com os EUA atingiu a marca de 7.800, avaliados em cerca de US$ 2,2 bilhões (aproximadamente R$ 11,2 bilhões).
Moscou denunciou repetidamente o fluxo contínuo de armas para a Ucrânia de seus aliados ocidentais, dizendo que isso "adiciona combustível ao fogo". Em abril, a Rússia enviou uma nota aos Estados-membros da OTAN, condenando sua assistência militar à Ucrânia. Em julho, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, disse que as armas estrangeiras fornecidas pelo Ocidente à Ucrânia acabaram em mercados ilegais, não apenas na Europa, mas também no Oriente Médio devastado pela guerra.