Após visitas seguidas de delegações norte-americanas, incluindo a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, a líder taiwanesa, Tsai Ing-wen, declarou que as viagens de parlamentares estrangeiros ajudam na "defesa" da ilha.
"Nos últimos tempos, muitas figuras públicas de um amplo espectro da sociedade norte-americana visitaram Taiwan. Esses atos calorosos de bondade e firmes demonstrações de apoio reforçaram a determinação de Taiwan de se defender", disse a presidente citada pela Reuters.
Ao mesmo tempo, Tsai afirmou que outras democracias devem trabalhar juntas para garantirem cadeias de suprimentos mais seguras e resilientes, e que ela estava "encantada" ao ver as empresas de semicondutores taiwanesas investindo nos Estados Unidos.
"Também esperamos trabalhar com Washington para fortalecer a cooperação em semicondutores e outros setores de alta tecnologia e responder conjuntamente aos desafios econômicos da era pós-pandemia", disse.
Além da visita de Pelosi, mais cinco legisladores norte-americanos viajaram a Taipé nesta semana, e ontem (25), foi a vez da senadora Marsha Blackburn.
Senadora norte-americana Marsha Blackburn é recebida pela presidente Tsai Ing-wen em Taipé, 26 de agosto de 2022
© AFP 2023 / Presidência de Taiwan
Segundo Blackburn, Taiwan estava procurando mais vendas militares estrangeiras (FMS, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.
"Eles definitivamente estão procurando mais e quando se trata de vendas de FMS, eles sentem que isso está se movendo muito devagar. O ritmo precisa acelerar", declarou a senadora citada pela mídia.
As viagens de parlamentares têm enfurecido a China, que já se manifestou diversas vezes através de sua chancelaria dizendo que os EUA e o mundo precisam respeitar os assuntos internos chineses e que Taiwan faz parte do território chinês e da política de Uma Só China.
Em retaliação, Pequim tem feito diversos exercícios militares em torno da ilha.
Desde 2017, os presidentes dos EUA aprovaram mais de US$ 18 bilhões (R$ 96,1 bilhões) em vendas de armas para Taiwan, a maior parte disso na segunda metade do governo do ex-presidente Donald Trump.