De acordo com analistas da empresa Rystad Energy, nos EUA está começando a temporada de furacões. Habitualmente, o pico de sua atividade ocorre de meados de agosto a meados de novembro.
"O efeito sobre o mercado depende da escala de destruições causadas, mas, já que os EUA se tornaram o maior fornecedor de GNL e derivados de petróleo para a Europa, as potenciais consequências podem ser significativas", comentou um representante do centro.
Ele especificou que um forte furacão como o Ida em 2021 pode interromper a exportação de gás liquefeito dos terminais no golfo do México. Isso, por sua vez, pode reduzir as entregas de GNL para o mercado global em cerca de 300 milhões de metros cúbicos por dia.
"Também é provável a redução da extração [de petróleo] nas plataformas do golfo do México. Nos anos anteriores, os grandes furacões causaram reduções de 600-700 mil barris por dia", disse.
Na quarta-feira (24), a Rystad, citando o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês) informou que "a atividade meteorológica" atual no Atlântico pode evoluir, com uma probabilidade de 30%, para tempestade tropical nos próximos cinco dias. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA, na sigla em inglês), por sua vez, prevê que a atual temporada de furacões será mais intensa do que a média dos últimos anos.
A NOAA prognostica de seis a oito furacões, com três ou cinco deles já nesta temporada.
"Já um grande furacão é capaz de causar interrupções na exportação de GNL do golfo do México por uma ou duas semanas. Caso quaisquer fábricas de GNL sejam danificadas, as consequências para o mercado de gás serão mais prolongadas", nota o centro em comentário no Telegram.