Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia, reunidos no fim desta semana, não devem apoiar por unanimidade a proibição de vistos para todos os russos, disse o chefe da diplomacia da UE, segundo a Reuters.
Ele explicou que "como seria necessário" um consenso entre os países para se implementar a proibição, a medida não deve ser levada ao plenário.
"Não acho que cortar o relacionamento com a população civil russa ajude e não acho que essa ideia tenha a unanimidade necessária", disse Borrell, que preside as reuniões dos ministros das Relações Exteriores dos países-membros da UE.
"Acho que temos que rever a forma como alguns russos obtêm vistos, certamente os oligarcas não. Temos que ser mais seletivos. Mas não sou a favor de parar de entregar vistos a todos os russos", concluiu.
Recentemente, cresceu no Ocidente um movimento para bloquear a entrada de russos na Europa. As primeiras declarações sobre a questão vieram das primeiras-ministras da Finlândia, Sanna Marin, e da Estônia, Kaja Kallas.
Moscou classifica as decisões de uma demonstração chauvinista. Segundo declarou o departamento de informação e imprensa da chancelaria russa, se a medida fosse aprovada pelas autoridades europeias, haveria consequências.