"8 embarcações da Marinha do ELP e 23 aeronaves do ELP foram detectadas em torno de nossa região envolvente hoje [28] até as 17h00 (GMT+8). As Forças Armadas de Taiwan monitoraram a situação e responderam a essas atividades com aeronaves em CAP [patrulhamento aéreo de combate], embarcações navais e sistemas de mísseis terrestres", tuitou o ministério.
De acordo com o ministério, dez aeronaves cruzaram a chamada "linha mediana" do estreito de Taiwan, que serve de fronteira marítima não oficial entre a ilha e a China continental.
"10 das aeronaves detectadas (SU-30, J-10x2, J-11x3, J-16x2, Y-8 ASW e WZ-10 de ataque) voaram na parte leste da linha mediana do estreito de Taiwan e nossa ADIZ de sudoeste, rotas de voo conforme ilustrado", afirmou o ministério.
A situação em torno de Taiwan se agravou depois que a presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, visitou a ilha nos dias 2 e 3 de agosto. A visita foi seguida pela de outra delegação norte-americana liderada pelo senador Edward J. Markey no dia 14 de agosto e pela visita de Eric Holcomb, governador do estado norte-americano de Indiana, no dia 21 de agosto, desencadeando mais uma onda de manobras militares da China perto da ilha. Outra delegação dos EUA, liderada pela senadora Marsha Blackburn, chegou a Taiwan na noite de quinta-feira (24) para uma visita de três dias, informou a mídia.
Taiwan foi governada separadamente de Pequim depois de se tornar um reduto do Partido Nacionalista Chinês (Kuomintang), que foi derrotado pelo Partido Comunista na guerra civil em 1949. O governo continental considera a ilha parte do país e vê qualquer contato de outras nações com Taipé como intromissão estrangeira.