Panorama internacional

Alemanha propõe reformas abrangentes na União Europeia

O chanceler alemão Olaf Scholz propôs discutir a ideia de uma reforma abrangente da União Europeia, que prevê a rejeição do direito de veto. Além disso, o líder da maior economia europeia apelou à expansão futura do bloco.
Sputnik
O chanceler alemão Olaf Scholz sugeriu discutir a ideia de uma reforma da União Europeia e a rejeição do direito de veto, optando pelo princípio da maioria na tomada de decisões sobre tais questões como sanções ou direitos humanos.

"Nas áreas em que hoje é preciso chegar à unanimidade existe o risco de um país impedir com o seu veto os outros países de seguir em frente. Tal risco está aumentando com a adesão de cada novo membro", afirmou Scholz ao discursar na Universidade Carolina de Praga na segunda-feira (29).

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Nesse contexto, o político europeu apelou à expansão da União Europeia através da adesão ao bloco dos Bálcãs Ocidentais, Ucrânia, Moldávia e mais tarde da Geórgia.

"Manifesto-me a favor da expansão da União Europeia e do ingresso dos países dos Bálcãs Ocidentais, Ucrânia, Moldávia e, a longo prazo, da Geórgia", pronunciou Scholz.

O líder alemão sublinhou que, antes de mais, os futuros países membros devem corresponder a todos os critérios para a adesão. Mas, segundo o chanceler, é também preciso fazer com que a própria União Europeia esteja pronta para tal alargamento. Acerca disso, Scholz sugeriu realizar debates sobre uma eventual reforma.

"Não conseguiremos evitar esses debates, pelo menos se levamos a sério a perspectiva de adesão [de novos membros] à União Europeia. E nós devemos levar a sério as nossas promessas sobre o ingresso, já que esse é o único caminho para conseguir a estabilidade no continente. Por isso, vamos discutir as reformas", disse Olaf Scholz.

O chanceler alemão acrescentou que a regra da maioria pode ser testada na tomada de decisões "relacionadas com as sanções ou nas questões referentes aos direitos humanos".
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