Um dia após o primeiro debate presidencial ser transmitido, o presidente Jair Bolsonaro (PL) faltou a uma sabatina promovida pela rádio Jovem Pan marcada para a manhã desta segunda-feira (29).
Segundo noticiado pela colunista do jornal O Globo Vera Magalhães, a equipe do presidente não considerou bom o desempenho no debate. A atuação de Bolsonaro ficou marcada por falas machistas que ameaçaram comprometer o voto das mulheres, eleitorado considerado crítico para candidatos nestas eleições. Agora a proposta é preservar a imagem de Bolsonaro, não comparecendo a novos debates do primeiro turno.
A percepção dos assessores de Bolsonaro vai ao encontro do resultado de uma pesquisa do Datafolha feita com 60 eleitores indecisos ao longo do debate. Na pesquisa, os entrevistados foram convidados a avaliar o desempenho dos candidatos. Simone Tebet (MDB) foi a mais bem colocada, com 43% das avaliações positivas. Em segundo lugar, ficou Ciro Gomes (PDT), com 23%, seguido de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Bolsonaro, empatados com 10%. Felipe D'Avila (Novo) recebeu 8% das avaliações positivas, e Soraya Thronicke (União Brasil), 2%.
Questionados sobre quem teve a pior participação, os entrevistados listaram Bolsonaro em primeiro lugar, com 51% dos votos. Lula ficou em segundo lugar, com 21%, e Soraya Thronicke em terceiro, com 14%. Em seguida, ficaram Felipe d’Ávila (7%), Simone Tebet (5%) e Ciro Gomes (2%).
A presença de Bolsonaro no debate foi marcada por dúvidas. Após afirmar a assessores que não compareceria, Bolsonaro voltou atrás e disse em uma entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, que compareceria. Na entrevista, Bolsonaro afirmou crer que seria "fuzilado" por seus adversários no evento.
"Vão atirar em mim o tempo todo, porque eu sou um alvo compensador para eles. Mas acredito que minha estratégia vai dar certo porque eu já me preparei para as perguntas", disse ele na ocasião.