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Milhares de russos podem perder propriedades em país da União Europeia

Imóveis de propriedade russa podem representar uma ameaça à segurança nacional da Estônia, afirma funcionário do Ministério do Interior.
Sputnik
A proibição de vistos pode levar milhares de russos a perder suas propriedades na Estônia, alertou o vice-secretário do Ministério do Interior, Veiko Kommusaar, nesta segunda-feira (29).
Tallinn proibiu o acesso ao país para cidadãos russos com vistos Schengen, emitidos pela Estônia a partir de 18 de agosto, devido à operação militar especial de Moscou na Ucrânia.
Os bancos do país báltico pararam de aceitar transferências de dinheiro da Rússia como parte das sanções anteriores da União Europeia (UE). Isso tornou o pagamento de contas de serviços públicos cada vez mais complicado para os russos que possuem imóveis na Estônia, mas moram em seu país de origem.
Os russos que acumulam dívidas sobre contas de serviços públicos não pagas devido às sanções podem posteriormente perder suas propriedades no país, disse Kommusaar em entrevista ao site ERR.
"De fato, se for impossível para uma pessoa encontrar maneiras de lidar com seus imóveis — consequências extremas podem acontecer. Atualmente, não vemos como a Estônia pode fazer quaisquer concessões nessa área", disse ele.
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Cerca de 12% dos russos (aproximadamente 4.500 pessoas) que possuem propriedades na Estônia estão ameaçados por causa da proibição dos vistos, de acordo com o vice-secretário.
Dados do Ministério do Interior revelam que os russos possuem 41.351 propriedades no país. Mas a maioria deles não deve ser afetada pelas restrições de entrada, pois têm autorização de residência e moram na Estônia.
Kommusaar também disse que é perigoso para um país de 1,3 milhão de habitantes que uma quantidade tão grande de imóveis esteja concentrada em mãos russas.
"É claro que existem aqueles lugares críticos onde possuir uma propriedade é uma ameaça imediata à nossa segurança. Certamente existem outros lugares, na forma de apartamentos individuais, onde o problema não é tão sério", justificou.
O vice-secretário sugeriu que a Estônia deve trabalhar para limitar a possibilidade de cidadãos de fora da UE adquirirem imóveis no país.
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