Panorama internacional

Kremlin: enquanto EUA lucram, europeus pagam pelas políticas energéticas 'irracionais' de Bruxelas

Os cidadãos europeus comuns estão sendo obrigados a pagar pelas políticas "irracionais" de seus líderes em relação à Rússia, enquanto os EUA, aliados de Bruxelas, lucram com crise energética, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Sputnik
"Passo a passo, infelizmente, tanto Bruxelas quanto certos países europeus estão demonstrando sua absoluta falta de juízo", disse Peskov nesta terça-feira (30) aos jornalistas.
Esta falta de juízo "também tem a ver com certos impulsos antirrussos, simplesmente ódio ao nosso país, através de ações absolutamente irracionais e até mesmo absurdas na área de energia, pelas quais as populações dos países europeus – da União Europeia, Reino Unido, e assim por diante, têm que pagar, mas que tornam possível para as empresas dos EUA obterem lucro", disse Peskov.
Ao ser perguntado sobre as eventuais discussões de Bruxelas sobre a proibição de emissão de vistos turísticos para cidadãos russos, o porta-voz do Kremlin sugeriu que a possibilidade de até mesmo discutir tais ideias a nível da UE demonstra que as "irracionalidades beirando a insanidade" são prevalentes entre as elites políticas do bloco.
Na segunda-feira (29), o ex-vice-presidente-executivo da Saudi Aramco, Sadad Al-Husseini, disse que não há capacidade suficiente no mundo para substituir o fornecimento de gás da Rússia para a União Europeia (UE), enquanto Moscou tem muitos mercados para vender sua energia.
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Desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia no dia 24 de fevereiro, os EUA e seus aliados iniciaram a aplicação de sanções contra Moscou. Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de gás, petróleo, carvão, aço e ferro.
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