O Departamento de Justiça dos Estados Unidos apresentou nesta quarta-feira (31) um relatório no qual levanta a possibilidade de que assessores do ex-presidente Donald Trump cometeram crime de obstrução de justiça.
Segundo noticiou a Associated Press, o relatório aponta que os documentos sigilosos encontrados em uma busca na mansão de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, foram propositalmente escondidos e removidos de um depósito na mansão, com o objetivo de atrapalhar as investigações do FBI referente ao manuseio de documentos oficiais do governo americano por parte de Trump.
Fotos dos documentos encontrados na busca foram anexadas ao relatório. Trata-se da mais direta ameaça legal contra Trump e seus assessores, em parte porque o Departamento de Justiça considera a obstrução de justiça um fator agravante em questões de investigações envolvendo manuseio incorreto de documentos oficiais do governo.
No relatório, os promotores detalham que agentes do FBI visitaram a mansão de Mar-a-Lago em junho, com intuito de recuperar documentos do governo que teriam sido levados para o imóvel. Ao chegar ao local, foram recepcionados por um advogado de Trump que entregou apenas um envelope, afirmando que aquele era o único documento oficial que havia na residência. Ainda segundo o relatório, assessores de Trump proibiram expressamente os agentes de revistarem caixas que haviam em um depósito da mansão.
Desconfiados, os agentes retornaram em 8 de agosto, com um mandado de busca. Foi então que os documentos sigilosos do governo, que deveriam ter sido entregues para serem guardados no Arquivo Nacional, foram encontrados. A defesa de Trump ainda não deu uma justificativa sobre o que levou Trump a querer manter a posse dos documentos.