De acordo com ele, "políticos europeus estão começando a expressar opiniões a favor da cooperação com a Rússia, mas novos caprichos do Ocidente não podem ser descartados, com base na experiência existente".
O ministro russo explicou que "vozes razoáveis são ouvidas, muitos políticos dizem publicamente: sanções são sanções, mas um dia teremos que negociar, pois vivemos um ao lado do outro e tudo o que acontece é prejudicial para nós".
Lavrov observou que, embora alguns grandes países da União Europeia estejam começando a pensar em passos em direção à Rússia, os Estados bálticos, a Polônia e a República Tcheca, em particular, se entregam ao ódio profundo.
"Provavelmente tal consciência virá em algum momento, mas agora devemos nos concentrar em proteger nosso país e as relações com os Estados amigos, que são uma esmagadora maioria", comentou.
Segundo ele, ainda não é possível descartar "a recorrência de recaídas [do Ocidente]" com relação à Rússia. Ao mesmo tempo, nas atuais circunstâncias, não se pode sucumbir à negatividade e "desistir", disse o ministro, que não prevê "nenhuma catástrofe trágica".
"Tendências a favor do retorno às origens da Carta da ONU [Organização das Nações Unidas], à cooperação igual e mutuamente benéfica prevalecem no mundo. Quando nossos parceiros ocidentais sobreviverem ao período de obscurantismo e quiserem retornar à comunicação normal, humana e igualitária, devemos estar prontos para aceitá-los", concluiu Lavrov.
Ele ainda enfatizou que a Rússia sempre defenderá abordagens diplomáticas e políticas para resolver quaisquer problemas e se oporá às tentativas ocidentais de resolver esses problemas com força bruta, ameaças e chantagem.