"As comunicações apresentadas mostram um vasto 'empreendimento de censura' entre várias agências federais. Foram identificados 45 funcionários federais que se comunicaram com plataformas de mídia social sobre 'informações incorretas' e censura", diz o comunicado conjunto das autoridades.
De acordo com o documento, a Casa Branca, o FBI, o Departamento de Segurança Interna, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos, a Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura (CISA), os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, o Departamento do Tesouro, a Comissão Eleitoral Federal e o Departamento do Censo dos Estados Unidos interagiram regularmente com lideranças das maiores plataformas de mídias sociais, incluindo a Meta (empresa extremista banida no território da Rússia) e o Twitter.
Os promotores também denunciam que o Departamento de Justiça se recusou a fornecer todas as informações sobre a interação de altos funcionários federais com os donos das redes sociais, limitando-se às comunicações individuais.
"O procurador-geral de Louisiana, Jeff Landry, e o procurador-geral do Missouri, Eric Schmitt, entraram com uma petição conjunta no tribunal federal exigindo que o Departamento de Justiça entregue as comunicações entre altos funcionários do governo Biden, da Casa Branca, do Departamento de Estado, do FBI e de outras entidades com grandes mídias sociais", afirmaram no comunicado.
De acordo com um dos materiais da investigação, datado de julho de 2021, um representante do Facebook (plataforma pertencente à empresa extremista Meta, banida no território da Rússia) aponta diretamente o fato de ter se reunido com funcionários da Casa Branca para discutir questões de combate a "informações incorretas": "Nossas equipes se reuniram hoje para entender melhor a lista do que se espera de nós, a Casa Branca, em relação à desinformação."
Outras mensagens publicadas incluem comunicações sobre a disseminação de informações sobre o coronavírus.
As plataformas de redes sociais norte-americanas têm sido criticadas por censurar e restringir a liberdade de divulgação de informações, de acordo com interesses de autoridades do país.
Um dos exemplos mais recentes foi o reconhecimento do dono da Meta (empresa extremista banida no território da Rússia), Mark Zuckerberg, que anunciou os pedidos do FBI antes da eleição presidencial de 2020 para conter a divulgação nas plataformas sob seu controle de conteúdos relacionados a Hunter Biden, filho do presidente Biden.