Em sua avaliação, a União Europeia e a OTAN têm ignorado as "ações hostis" do político húngaro em relação ao lado ucraniano.
"Orbán não se importa com a Ucrânia. A posição da Hungria sobre o conflito não é apenas um incômodo, é uma ameaça. Não acho que a OTAN ou a União Europeia levem isso a sério. E acho que é um erro", disse Simonyi ao Politico.
A publicação cita ainda outras autoridades europeias não identificadas que compartilham as mesmas preocupações de Budapeste, já que a ajuda ocidental a Kiev contribui para prolongar o conflito, provocando o aumento de preços de energia no inverno.
A escalada dos preços se deu em meio à aplicação de sanções do Ocidente contra Moscou devido à operação militar especial russa na Ucrânia, deflagrada em 24 de fevereiro. Entre as principais medidas dos Estados Unidos e de seus aliados estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de petróleo, gás, carvão, aço e ferro.
A Rússia iniciou a operação especial com o objetivo de "desmilitarizar" e "desnazificar" a Ucrânia, após pedido de ajuda das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) para combater ataques de tropas ucranianas.
A missão, segundo o Ministério da Defesa russo, tem como alvo apenas a infraestrutura militar da Ucrânia. Além disso, as Forças Armadas da Rússia acusam militares ucranianos de usar "métodos terroristas" nos combates, como fazer civis de "escudo humano" e se alojar em construções não militares.