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Marinha recebe novo submarino: 1º do projeto de propulsão nuclear

O Riachuelo, como a embarcação foi nomeada, foi entregue após cinco anos de atraso.
Sputnik
Com capacidade para ficar até cinco dias debaixo da água e equipado para disparo de torpedos e mísseis táticos, a Marinha do Brasil apresentou e incorporou à frota, nesta quinta-feira (1º), no Complexo Naval de Itaguaí (RJ), o primeiro dos quatro submarinos convencionais previstos do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub).
Na solenidade, estiveram presentes o ministro da Defesa, o general do Exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, e o comandante da Marinha, o almirante de esquadra Almir Garnier Santos.
O Riachuelo, tecnicamente chamado de S-BR1, escreve o jornal O Globo, será o sétimo navio da Marinha a receber esse mesmo nome, em homenagem à Batalha Naval do Riachuelo, de 11 de junho de 1865, que ocorreu durante a Guerra da Tríplice Aliança.
A entrega do equipamento é feita cerca de cinco anos após o prazo previsto pelo cronograma, atraso que também interfere no recebimento dos demais submarinos. O Prosub prevê ainda a construção de um submarino nuclear.
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O S-BR1 Riachuelo tem comprimento total de 70,62 metros, diâmetro de casco de 6,2 metros, deslocamento na superfície de 1.740 toneladas e deslocamento em imersão de 1.900 toneladas.
Seu sistema de combate é dotado de seis tubos lançadores de armas, com capacidade para lançamento de torpedos eletroacústicos pesados, mísseis táticos do tipo submarino-superfície e minas de fundo. A embarcação fará parte da operação de defesa dos 8,5 mil quilômetros da costa marítima brasileira, a chamada Amazônia Azul.
Os submarinos S-BR são derivados da classe Scorpène francesa e fazem parte de um projeto original da empresa Naval Group, modificado por engenheiros brasileiros. São fabricados no parque industrial do Complexo Naval de Itaguaí pela Itaguaí Construções Navais (ICN).
O Prosub integra um conjunto de programas estratégicos estruturados pela Marinha. Para os militares, o projeto representa um expressivo salto tecnológico no Brasil. Segundo a Marinha, a iniciativa, além de incentivar a Política Nacional de Defesa, impulsiona a capacitação de pessoal e contribui para a soberania nacional, em sua expressão tecnológica.
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O Submarino Convencional de Propulsão Nuclear (SCPN) Álvaro Alberto é a joia da coroa do Prosub, lançado em 2008. Para a Marinha, o SCPN é o mais importante projeto tecnológico do Brasil na atualidade.
Quando pronto, significará prestígio internacional, pois apenas os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido), além da Índia, detêm a tecnologia. Essas seis nações também já fizeram suas bombas atômicas.
Atualmente a frota de submarinos brasileira é composta de quatro embarcações de tecnologia alemã, com mais de três décadas de operação. De acordo com a Marinha, o mar é o caminho de 95% das exportações brasileiras e guarda cerca de 90% do petróleo nacional.
Submarinos movidos a energia nuclear, que podem permanecer submersos e no mar por muito mais tempo do que outros submarinos, representam um desafio de proliferação atômica particular, porque operam fora do alcance dos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
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