De acordo com informações da Farsnews, imagens do convés do destróier Jamaran, da Marinha iraniana, mostram marinheiros vestindo coletes salva-vidas e examinando dois drones Saildrone Explorers.
A mídia reportou que as forças iranianas encontraram "vários navios de espionagem não tripulados abandonados nas rotas marítimas internacionais".
"Após dois avisos a um destróier americano para evitar possíveis incidentes, o Jamaran apreendeu os dois drones", disse a imprensa iraniana, acrescentando que, "depois de garantir o transporte marítimo internacional, o esquadrão naval liberou as embarcações em uma área segura".
Marinheiros da Marinha iraniana descartam drone marítimo americano, no mar Vermelho, em 1º de setembro de 2022
© AP Photo / Iranian state television
O anúncio esclarece que as forças iranianas liberaram o drone americano "depois que ficou claro que os EUA cometeram um erro" e após advertir a Marinha dos EUA contra a repetição de tais comportamentos ilegais.
"A Marinha dos EUA foi avisada para evitar repetir incidentes semelhantes no futuro", conclui nota da Marinha do Irã.
Os drones Saildrone Explorers são usados por uma variedade de clientes, incluindo cientistas, para monitorar águas abertas.
O episódio marca o segundo incidente desse tipo nos últimos dias, enquanto as negociações sobre o acordo nuclear de Teerã com potências mundiais estão na balança.
O incidente anterior envolveu o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) e ocorreu no golfo Pérsico. O IRGC rebocou um Saildrone Explorer, antes de liberá-lo, enquanto um navio de guerra americano o seguia.
Os drones usados pela Marinha norte-americana incluem drones de vigilância aérea de ultrarresistência, navios de superfície, como o Sea Hawk e o Sea Hunter, e drones submarinos menores que se assemelham a torpedos.
A área onde ocorreram os incidentes, entre o estreito de Ormuz e a foz do golfo Pérsico, na região do mar Vermelho, é por onde passa 20% de todo o petróleo do mundo.