Na opinião do autor, as ações das Forças Armadas ucranianas têm um caráter mais simbólico do que estratégico.
O autor salienta que o presidente ucraniano Vladimir Zelensky decidiu fazê-lo apesar de os assessores militares se terem oposto devido à despreparação das tropas. Além disso, o colunista lembra as palavras do ex-funcionário do MI6 (inteligência britânica) Alex Younger, que apontou que o fracasso de Kiev em lançar uma contraofensiva seria devastador para a Ucrânia.
"Uma derrota na foz do Dnieper seria um fracasso depois do qual as autoridades de Kiev teriam muita dificuldade em se recuperar", esclareceu Fox.
O autor supõe que Zelensky tomou a decisão de prosseguir com os combates devido ao medo de perder o apoio dos aliados, especialmente da União Europeia, que não estão vendo nenhum progresso por parte das Forças Armadas ucranianas.
"Zelensky queria uma ação urgente porque teme que a sensação de impasse na frente de batalha esteja fazendo diminuir o apoio entre aliados, particularmente a UE", escreve o autor.
Nesse contexto, o ex-oficial da inteligência norte-americana Scott Ritter, em uma entrevista ao canal no Youtube Judging Freedom, afirmou que Vladimir Zelensky decidiu iniciar a contraofensiva apenas para demonstrar os seus "sucessos", tentando criar uma campanha publicitária para a mídia ocidental.
Nas vésperas, o Ministério da Defesa russo comunicou que a nova tentativa da Ucrânia de lançar um ataque na área de Nikolaev e Krivoy Rog fracassou. Segundo a entidade militar, as tropas ucranianas, planejando prosseguir com a ofensiva em Nikolaev e Krivoy Rog, perderam em dois dias 1.700 homens.