O grau de envolvimento dos EUA no apoio militar a Kiev continua crescendo, há muito pouco que separa o país de um envolvimento direto no conflito na Ucrânia, disse Sergei Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia.
"Infelizmente, temos que notar com preocupação que o grau de envolvimento dos EUA nesta situação e o grau de imersão de Washington, incluindo seu apoio material para armar o regime de Kiev, continua crescendo", comentou Ryabkov.
"Temos advertido repetidamente os EUA das consequências que podem vir quando os EUA, ao realizar este bombeamento e ao se engajar em outras formas de apoio direto a Kiev, se coloca na prática em uma posição próxima ao que pode ser chamado de parte do conflito. A linha muito tênue que separa os EUA de se tornarem parte do conflito não deve servir de ilusão às desvairadas forças antirrussas que, uma vez atravessada, tudo permanecerá como está", avisou ele.
Ryabkov advertiu os EUA contra medidas provocativas, incluindo o fornecimento de sistemas cada vez mais destrutivos e de maior alcance.
"Esse é um caminho para o nada. As consequências do que está acontecendo serão graves, a responsabilidade por isso recairá inteiramente sobre os círculos governistas em Washington", afirmou o vice-chanceler russo.
A Rússia enviou anteriormente uma nota aos Estados-membros da OTAN sobre o fornecimento de armas à Ucrânia. Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores russo, referiu que qualquer carga contendo armas para a Ucrânia seria um alvo legítimo para a Rússia. Ele acrescentou que os países da OTAN estavam "brincando com o fogo" com o fornecimento de armas para a Ucrânia.
Já Dmitry Peskov, secretário de imprensa de Vladimir Putin, presidente da Rússia, observou que o bombeamento de armas do Ocidente para a Ucrânia não contribuiria para o sucesso das negociações russo-ucranianas e teria um efeito negativo.