Panorama internacional

Cuba qualifica de 'ilegal' financiamento dos EUA para promover 'mudança democrática' no país

O Ministério das Relações Exteriores de Cuba atacou o programa de financiamento norte-americano a certas entidades em Cuba, que vê como forma de provocar uma mudança de regime.
Sputnik
O financiamento pelos EUA de programas destinados a "promover a democracia" em Cuba é "ilegal" e intervencionista, criticou na sexta-feira (2) Carlos Fernández de Cossi, vice-ministro das Relações Exteriores de Cuba, em declarações à agência britânica Reuters.
Em julho, a administração americana de Joe Biden pediu que fossem direcionados até US$ 6,25 milhões (R$ 32,33 bilhões) em financiamento para ONGs e indivíduos que promovam uma "mudança pacífica, não violenta e democrática em Cuba".
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A mais recente rodada do programa, que já atribuiu mais de US$ 200 milhões (R$ 1,03 bilhão) ao longo de décadas em projetos relacionados a Cuba, foi referida por de Cossi como tendo o objetivo explícito de mudar o governo do país caribenho.
"Em qualquer nação, isso é ilegal", disse ele, notando que os próprios EUA têm legislação contra pessoas que atuam como agentes governamentais estrangeiros.
"É exatamente isso que os Estados Unidos estão tentando promover em Cuba hoje", observou ele.
Além disso, comentou, Washington está tentando "reduzir o padrão de vida da população".
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês), por sua vez, apesar de solicitar candidaturas para o projeto, alertou sobre os desafios e riscos de trabalhar na ilha, assegurando que os beneficiados "não servirão como agentes ou agirão sob a direção da USAID".
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