Panorama internacional

Hungria entende relutância da Sérvia contra sanções da UE à Rússia, diz ministro

Neste sábado (3), o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, afirmou que seu país compreende a relutância da Sérvia em se juntar à União Europeia (UE) na imposição de sanções à Rússia porque ambos os países europeus dependem de Moscou para o fornecimento de gás.
Sputnik
Em entrevista à agência de notícias estatal sérvia Tanjug, Szijjarto comentou a posição de Belgrado em relação às sanções.

"Entendemos que vocês [a Sérvia] não querem que seu povo congele [...], nem nós. É por isso que estamos comprando gás da Rússia", disse, acrescentando que as importações de gás natural da Rússia não têm conotações políticas ou ideológicas.

A Hungria tem sido criticada na UE por manter a compra de gás russo, apesar da defesa de Bruxelas de um processo de diversificação das importações de energia. Além das sanções, os países europeus buscam eliminar a compra de gás da Rússia.
Refinaria de Petróleo de Moscou (MNPZ, na sigla em russo), da Gazprom Neft, em Kapotnya, na Rússia
Recentemente, Budapeste assinou um contrato com a Gazprom ampliando o fornecimento de gás russo, a partir de setembro, para 5,8 milhões de metros cúbicos por dia através do oleoduto TurkStream e da Sérvia.
Szijjarto chegou a Belgrado na sexta-feira (2) para participar de uma cúpula entre Sérvia, Macedônia do Norte e Albânia. Os três aspirantes a Estados-membros da UE lançaram uma iniciativa aberta dos Balcãs em 2019 para facilitar a adesão. Algumas nações da UE insistem que os candidatos à adesão devem se alinhar às posições da UE em relação à Rússia.
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