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Para poupar energia, cientistas na Itália pedem para manter horário de verão todo o ano

Um grupo de cientistas italianos propôs não voltar a mexer na hora em Itália para reduzir as contas de eletricidade e poupar potencialmente € 1 bilhão apenas nos dois primeiros anos do plano.
Sputnik
Cientistas da Sociedade Italiana de Medicina Ambiental (SIMA) estão pedindo ao governo do país europeu que mantenha o horário de verão europeu para combater os altos custos de energia, reduzir a poluição ambiental e melhorar a saúde da população, relatou na sexta-feira (2) o jornal italiano AdnKronos.
Os acadêmicos da SIMA sugeriram assim às autoridades italianas um plano para abandonar o "passo obsoleto", que, segundo eles, permitirá às famílias e empresas economizar em suas contas de eletricidade e gás.
Segundo ele, os italianos ganhariam uma hora de luz diurna e calor solar por dia, bem como uma economia nacional no consumo de energia de "cerca de € 1 bilhão [R$ 5,17 bilhões] somente nos dois primeiros anos", escreve Alessandro Miani, o presidente da organização.
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A SIMA também previu que a implementação da medida durante todo o ano contribuirá para reduzir a queima de combustíveis fósseis para iluminação e aquecimento.
Entre outras coisas, a economia de energia resultante da adoção permanente do horário de verão reduzirá as emissões de gases de efeito de estufa, em um total de 200.000 toneladas de CO2 por ano, o que poderia ter um impacto positivo na saúde dos cidadãos e no ambiente, de acordo com Miani.
"É por isso que pedimos ao governo [do premiê Mario] Draghi que tome imediatamente esta decisão, delegada aos Estados nacionais pelo Parlamento Europeu, e convidamos os outros países da UE [União Europeia] a fazer o mesmo", acrescentou o presidente do SIMA.
Muitos países pelo mundo afora adiantam seus relógios em uma hora durante o verão para aproveitar a luz do dia natural e usar menos eletricidade. A prática foi implementada pela primeira vez em 1908 na cidade de Port Arthur, Canadá.
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