Na ocasião, Mohamed Lahouaiej-Bouhlel, da Tunísia, matou 86 pessoas atropeladas com um caminhão em pleno feriado nacional da Queda da Bastilha. Ele foi morto a tiros pela polícia, depois de dirigir em zigue-zague pelas ruas da cidade e pelo calçadão da orla na cidade da Riviera Francesa.
De acordo com as autoridades francesas, sete homens e uma mulher serão julgados como cúmplices, denunciados por diversos crimes que vão desde o conhecimento das intenções do extremista até apoio logístico e fornecimento de armas.
Apenas um dos réus, Ramzi Kevin Arefa, enfrenta a pena máxima de prisão perpétua por ser um criminoso reincidente. Os outros podem pegar penas de entre 5 e 20 anos no julgamento que será realizado em Paris, escreve a Rádio França Internacional.
O ataque se insere em uma série de atentados que atingiram a Europa na década passada, quando uma coalizão internacional lutava contra o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países) na Síria e no Iraque.
Em junho, um tribunal de Paris condenou, com penas entre dois anos e prisão perpétua sem liberdade condicional, os 20 réus denunciados pelos atentados de 13 de novembro de 2015, que mataram em uma única noite 130 pessoas em Saint-Denis e em Paris.
O atentado em Nice, ocorrido quando cerca de 30 mil pessoas se aglomeravam na avenida à beira-mar para ver um espetáculo de queima de fogos pelo feriado da Queda da Bastilha, deixou uma ferida profunda nesta cidade situada às margens do Mediterrâneo.