Panorama internacional

Líderes da UE alertam: Sérvia precisa se preparar para 'decisões difíceis'

Emmanuel Macron, presidente da França, e Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, desejam que Belgrado se aproxime de um compromisso com Kosovo.
Sputnik
Os líderes da França e da Alemanha enviaram uma carta conjunta ao presidente sérvio, Aleksandar Vucic, neste domingo (4), pedindo que ele se prepare para "decisões difíceis" no diálogo entre Belgrado e a província separatista de Kosovo.
Na correspondência, divulgada pela assessoria de imprensa de Vucic, os chefes de Estado europeus disseram que a normalização dos laços entre Kosovo e Sérvia é primordial para a estabilidade europeia e balcânica.
"Pedimos que você mostre o máximo de determinação e disposição para tomar decisões difíceis que promoverão o diálogo entre Kosovo e Sérvia sob os auspícios da UE [União Europeia]", escreveram eles.
Macron e Scholz também indicaram que enviaram seus conselheiros, Emmanuel Bonne e Jens Plotner, para ajudar Miroslav Lajcak, representante especial da UE para os Balcãs Ocidentais, em seus esforços diplomáticos.
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Os dois líderes da UE enviaram a carta depois que o chefe de política externa da UE, Josep Borrell, anunciou na semana passada que Sérvia e Kosovo chegaram a um "acordo sobre liberdade de movimento".
Belgrado, em particular, consentiu em abolir os documentos de entrada e saída para portadores de identidade do Kosovo, e Kosovo concordou em não introduzir o mesmo para portadores de identidade sérvia, disse Borrell na época.
No entanto, as tensões continuam altas na região. O Exército sérvio iniciou exercícios perto da fronteira administrativa com Kosovo na quarta-feira (31).
A situação em torno do Kosovo se agravou devido aos planos iniciais de Pristina de proibir, desde 1º de agosto, a entrada na região de carros com placas e documentos sérvios. No norte do Kosovo, onde moram muitos sérvios, ocorreram tumultos, o que levou ao envio de forças policiais para a região.
Kosovo declarou unilateralmente a independência em 2008 e foi reconhecido pelos EUA e seus aliados, mas não por cerca de metade do mundo, incluindo Belgrado, Rússia, China e vários países membros da UE.
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