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Fachin suspende decretos de Bolsonaro que flexibilizam acesso a armas

Decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal teve como base o risco de violência política nas eleições.
Sputnik
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu nesta segunda-feira (5) liminares de ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) para suspender trechos de três decretos do presidente Jair Bolsonaro que flexibilizaram a compra e o porte de armas.
As ADIs são mecanismos da Corte que permitem determinar como inconstitucional alguma lei ou ato normativo estadual ou federal. As três concedidas por Fachin, 6139, 6466 e 6119, já tramitavam no plenário virtual do STF desde 2021, mas o julgamento foi atrasado por consecutivos pedidos de vista.
Elas são decorrentes de três processos protocolados no STF pelo PT e PSB, que argumentavam que os decretos de flexibilização do porte de armas violavam o Estatuto do Desarmamento, aprovado em 2003.
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No caso atual, diante da aproximação das eleições, as legendas pediram ao ministro que concedesse as liminares monocraticamente. Fachin atendeu ao pedido, tendo como base o risco de violência política no processo eleitoral. A decisão do ministro será submetida a julgamento em plenário do STF.
Em sua decisão, Fachin destacou que o aumento da violência política tornou necessário a concessão das liminares.

"Conquanto seja recomendável aguardar as contribuições, sempre cuidadosas, decorrentes dos pedidos de vista, passado mais de um ano e à luz dos recentes e lamentáveis episódios de violência política, cumpre conceder a cautelar a fim de resguardar o próprio objeto de deliberação desta Corte. Noutras palavras, o risco de violência política torna de extrema e excepcional urgência a necessidade de se conceder o provimento cautelar."

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