Em um comunicado publicado na segunda-feira (5), o Centro Nacional de Resposta a Emergências de Vírus de Computador da China (CVERC, na sigla em inglês) revelou os resultados de sua investigação conjunta com a 360 Security Technology Inc. sobre ataques repetidos aos sistemas de informação da universidade financiada pelo governo, conhecida por sua pesquisa aeronáutica e espacial.
"A visão geral, características técnicas, armas de ataque, caminhos de ataque e fontes de ataque relevantes foram analisadas, e foi previamente determinado que as atividades se originaram do Escritório de Operação de Acesso Sob Medida (TAO, na sigla em inglês) da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês)", disse CVERC.
De acordo com as autoridades chinesas, a inteligência dos EUA usou "mais de 40 armas de ataque cibernéticos específicas da NSA" para roubar a "configuração-chave de equipamentos de rede, dados de gerenciamento de rede, dados de operação e manutenção e outros dados de tecnologias principais".
Hackear a universidade com sede em Xian representa apenas um incidente em uma longa linha de ataques cibernéticos contra a infraestrutura de informações chinesa, afirmou o CVERC.
Sua investigação revelou que o TAO continua "a expandir o escopo" de suas atividades, já "realizou dezenas de milhares de ataques maliciosos de rede na China e já obteve controle de dezenas de milhares de dispositivos de rede (servidores de rede, terminais de Internet, switches de rede, switches telefônicos, roteadores, firewalls, etc.), roubando mais de 140 GB de dados de alto valor".
As autoridades dos EUA ainda não responderam às alegações chinesas. As relações entre Washington e Pequim atingiram uma nova baixa nos últimos meses sobre a questão de Taiwan.
Ambos se acusam de espionagem cibernética. No ano passado, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, acusou a CIA de hackear instalações de pesquisa aeroespacial, indústria petrolífera, empresas de Internet e agências governamentais.
No início deste ano, o chefe do FBI, Christopher Wray, disse que a China havia roubado "volumes impressionantes" de informações e tinha sido a fonte de mais ataques cibernéticos do que todos os outros países juntos.